No domingo passado a voltinha foi pelos lados da serra da Carregueira, com inicio na Venda Seca até Mafra Gare e regresso!
Debaixo de um convidativo céu azul fizemo-nos ao caminho pouco passava das nove horas da manha. O ar fresco que se sentia apelava ao uso de roupa mais quentinha, mas depois de uns minutos a pedalar todo o frio sentido não passava de uma mera recordação!
Com passagem pelos terrenos do Quartel da Carregueira que, por cautela, obrigou a um pedido de autorização para permitir a nossa passagem pelos beirais do campo de tiro e que no final de nada serviu pois militares não vimos nenhum, fomos pelo mato fora acumulando kilometros, algumas subidas valentes e muitos trilhos fantásticos!
A certa altura apercebi-me que mais perigoso que atravessar a carreira de tiro do quartel da carregueira, foi a enorme quantidade de caçadores domingueiros que por aquelas bandas se encontravam, transformando à nossa passagem a prazenteira calma destes locais em verdadeiros campos de batalha, onde uns atràs dos outros faziam disparar as suas armas.
A certa altura, dois disparos sequênciais fazem vibrar o ar com muito mais violência que os restantes que até aí vinhamos ouvindo…
A segunda cartuchada então faz os chumbos zunirem no ar, demasiado perto de mim e do companheiro zé para prosseguirmos tranquilamente. Assustados, encostamos rapidamente ao pequeno muro coberto de silvas que nos separa destes estúpidos animais e pedalamos como coelhos dali para fora, não fossemos pois confudidos com algum javali de licra! Não seria a primeira vez e percebo bem o porquê de dizerem que não será a última…
Placas de aviso, de alerta, não vi nenhuma… Enfim!
Mais umas subidas, mais umas descidas e eis que no encontramos no meio de um grupo bem grande de companheiros do pedal. Um passeio organizado e nós a desorganizar um pouco as coisas. Lá esperamos que passem uns quantos e assim que podemos lá seguimos juntos a nossa viagem!
Ainda antes de chegar a Mafra Gare, quatro companheiros rumam aos carros, por falta de tempo, dizem. Outros dirão que foi com medo da lama que não encontrámos!
Sem lama, mas com muita vontade de beber qualquer coisa fresquinha e comer umas sandochas, lá parámos no café da povoação que ficámos sem conhecer, depois de uma descida valente e que no caminho de regresso ajudou à digestão da sandes de leitao… hã, desculpem, sandes de presunto que leitão afinal não era ali, era em Negrais onde ainda haveriamos de passar! Não faz mal, a sandes de presunto fez as honras da casa, reconfortou a barriguinha e deu ânimo para mais uns quantos kilometros. Mais trinta, para ser preciso.
O caminho de regresso fez-se sem precalços, como o anterior. Engano aqui, engano ali. Ora vira à esquerda, ora à direita e afinal é em frente, mas tudo bem, faz tudo parte destas coisas de ir à aventura, de ir ao desconhecido. Acabamos sempre por encontrar o trilho certo, e calmamente nos deixamos conduzir pelos insensiveis gps que curva após curva nos revelam trilhos magnificos, paisagens magnificas, subidas duras e pedregosas e descidas alucinantes!
Assim e depois de algum suor, muitas gargalhadas e excelente companheirismo, chegamos ao fim de mais um belo passeio por uma zona que, apesar de muito habitada, ainda continua a surpreender pela positiva, mais que não seja pela beleza das suas paisagens…
E por ser Saloia!
Foto tirada pelo JJulio
Dados Oficiais da voltinha:
Distância: 62,52km
Acumulado de subida: 1658m (dados não barométricos) / 1590m (dados barométricos)
Acumulado de descida: 1679m (dados não barométricos)
Tempo a pedalar: 5h 10m
Tempo total: 7h 00m
Vel. média: 12,10 km/h
Outros dados não oficiais:
Bebidas: 1 iogurte liquido + 3.5l água + 1 coca-cola fresquinha + 1 café
Comidas: 1 banana + 1 pastel de nata + 1 sandes de presunto em pão de mafra quentinho + 1 chocolate
Extras: 1 Omeprazol + 1 Relmus + 1 Ibuprofeno 400gm + 2 cigarritos ??
Podem ver aqui as fotos da Santa Malta na CarregueiraO Track GPS está aqui (formato gpx)
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