Primeiras pedaladas à saída de Salvaterra... |
Os primeiros quilómetros em asfalto foram tranquilos, brindados por papoilas vermelhas que coloriam as bermas e alguns campos.
Ao entrarmos nos trilhos propriamente ditos começaram a cair umas timidas gotas de chuva, mas que, por timidez ou não foram de pouca dura.
Cavalos a pastar no meio dos trilhos... |
Muitos cavalos e potros bebés... |
As rectas eram intermináveis e planas. Mesmo planas! Algo a que não estou particularmente habituado. Gosto de subir e gosto ainda mais de descer, mas aqui a palavra de ordem é rolar. Rolar até dizer basta, já chega, enough is enough!
Entretanto começámos a apanhar alguns pedaços de caminhos com alguma areia, mas sempre perfeitamente cicláveis. Nada que uma boa relação de mudanças não ajude a vencer.
Belas paisagens... |
Sempre a rolar com um bocadinho de areia à mistura... |
Trilhos tranquilos e boa disposição da dupla feminina que me acompanhou... |
Marta a curtir uma descida... |
Final dessa descida (ou plano com uma ligeira inclinação descendente)... |
O tempo esse mantinha-se com um terrível efeito estufa. Parecia dos trópicos, estúpidamente quente!
Eu e a Marta não metemos protector solar devido a esquecimento, mas custou-nos imenso e pagámos uma factura bem alta, com um escaldão daqueles "à antiga".
Devido a isto, as paragens à sombrinha, sempre que as havia, começaram a ser mais frequentes.
Novamente a rolar em estradões perfeitamente planos... |
Por causa do calor excessivo, a Marta viu a sua tensão arterial cair a pique e começou a sentir algum mal estar.
Sensívelmente ao quilómetro 20 tornou-se pertinente encontrarmos um sitio onde pudessemos beber um cafézinho, uma coca-cola fresquinha e comer qualquer coisa mais substâncial do que as barritas que vinhamos a petiscar pelo caminho.
Para que isso fosse possível, e para cumprir com a instruções de um senhor simpático que encontrámos no caminho, fiz rapidamente uma pequena alteração ao track que vinhamos a seguir, e em menos de nada estávamos sentados à sombra na manhosa esplanada da taberna/café que nos sugeriram. Diga-se que nós pararíamos no primeiro que encontrássemos, como aliás aconteceu.
Uma subida?! Sim, uma das poucas durante todo o percurso... |
E mais uma subidita no horizonte... |
Finalizada aquela que foi a subida do dia... |
Trilhos rolantes e muito calor... |
Depois de mais uma breve paragem para acalmar do calor que sentíamos, a Marta lá me convenceu a deixá-la levar a minha bike. Eu já devia estar mesmo a alucinar com o calor, mas concordei ehehehehe. Só que ela mal chega com os pés aos pedais na minha bicicleta, e eu na dela, pareço que vou sentado num sofá. Assim fomos por um quilómetro ou dois, mais numa de brincadeira, mas serviu bem para a menina perceber a diferença entre as rodas que equipam os nossos cavalos de pau. Ela só me dizia que parecia que a minha bici deslizava...
E as minhas roditas não são nada de especial, é somente a diferença entre rolamentos e esferas.
Aí vão elas a fugir de mim e levam-me a minha "iscleta"... |
Ninguém a agarra.... |
Marta a curtir o "deslizar" que a minha montada lhe ia a proporcionar... |
Mas acabámos por trocar novamente de bicicletas. O meu selim está a precisar de reforma e há muito que deixou de ser confortável. Aliando isto ao facto de a Marta quase não chegar com os pézinhos aos pedais, foi rapida a decisão de me devolver a minha burra!
A Sara assistia a estas palhaçadas todas sem que nada a pertubasse, seguindo concentradíssima!
Trilhos bem bonitos em algumas partes do percurso... |
A rolar debaixo de um calor abrasador... |
A menos de 1km da taberna/café que nos salvou o dia... |
Depois de repostos niveis para o limiar do aceitável, lá nos fizemos à estrada. O dia mantinha-se quente e apesar do sol não se encontrar descoberto, começavamos a sentir o escaldão nos ombros e braços. As poucas (ou nenhumas) descidas não deram nenhuma ajuda no arrefecimento do corpinho!
Os trilhos e caminhos percorridos, esses foram ainda mais interessantes a partir deste ponto. Alguns troços ladeando largos arrozais, outros curtos protegidos pela sombras das árvores, mas sempre bonitos e tranquilos.
Vegetação frondosa e fresca... |
Trilhos com belas paisagens, ladeando grandes arrozais... |
A Marta volta a apanhar-me distraído e "rouba-me" novamente a bici... |
Trilhos sempre tranquilos... |
Os últimos quilómetros até Salvaterra de Magos foram feitos por estradões sem interesse, e tirando o facto de laderem os grandes canais, não acrescentaram motivos de prazer a este aventureiro trio.
Cegonha no arrozal... |
Os últimos quilómetros por trilhos macios e com pouco interesse... |
Marta a rolar cansada, já com Salvaterra no horizonte... |
No final ainda fizémos um bocadinho de passeio pedestre pois a Marta já não tinha posição em cima do selim e os seus travões continuam a não gostar de tempo quente, indo constatemente a travar, principalmente o da frente.
No resumo foi um passeio super tranquilo, em que deu para rolar bastante e esticar as perninhas e para a Marta treinar mais um bocadinho algo que não está habituada. Algumas horas em cima do selim, com muito poucas hipóteses de descansar de pé.
Não fosse o calor e o horrível escaldão que apanhámos, teria sido melhor!
A Marta ganhou o seu primeiro empeno "á séria" e demorou dois dias até que as pernas deixassem de doer. Não é agradável, mas não deixa de fazer bem.
De lamentar mesmo, só o escaldão que apanhámos e que nem nos deixou dormir em condições.
A Sara já não sofreu desse mal, já que se lembrou atempadamente de meter o bem dito protector solar!
Mas, como parar é morrer, para a semana há mais um passeio Love2Ride!
O track do passeio pode ser conseguido na pasta Tracks GPS aqui do meu blog.
A galeria completa de fotos pode ser vista no sitio do costume, aqui:
Abraços, beijinhos e continuação de bons passeios!
Love2Ride
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