Páginas

domingo, 30 de setembro de 2012

Pia de Urso . Red N3

"
Pia de Urso - No reino do Calcário"

A convite do Rui Santos, rumámos a terras de Batalha e ao Centro de BTT de Pia de Urso!
Foram apenas quatro, já contando comigo, os companheiros que aceitaram este desafio. E em boa hora assim aconteceu, pois realizámos um passeio muito interessante em todos os aspectos.
Boa companhia, paisagens e trilhos brutais e dureza quanto baste!
 
De passagem por Reguengo do Fetal...

Realizámos o percurso Nº3, Vermelho, do Centro de BTT de Pia de Urso.
Um percurso marcado e sinalizado à semelhança de vários outros existentes, com exigências para todos os níveis, experiências e andamentos.
Mas no que respeita a este que realizámos, deixem-me que vos diga que está exemplar.
Percurso bem marcado e bem escolhido. Muito exigente tecnicamente mas moderado na exigência física e com as dificuldades bastante bem distribuídas, permitindo, quase sempre, um apreciar descontraído do passeio. E digo quase sempre, porque há alturas em que não devemos tirar os olhos do chão. O calcário abunda, não permite grandes deslizes e tem ar de ser muito pouco macio para o corpinho no caso de uma queda.

Piso exigente...
Trilhos fantásticos...
Pequena serpente...

O passeio decorreu sem problemas de qualquer tipo, tirando apenas a paragem técnica  necessária para remendar o meu furo, depois de uma descida mais alucinada.

Ao todo, três remendos na camara de ar e mais um na lateral do pneu a tapar um pequeno rasgo, foi o preço por tal aventura... Mas deixem-me que vos diga que repetia já o estrago para sentir novamente aquele "rush" de adrenalina.


Nas imediações de Reguengo de Fetal...
Aquela descida foi assim a modos que uma verdadeira maluqueira. Tinha saudades de descer assim, devo confessar. Não é unânime aquilo que vou dizer, eu sei, mas descer de bicicleta rígida tem outro sabor! Não há ali nada que mantenha a traseira no lugar a não ser o kit de unhas e saber "sentir" o comportamento daquele amontoado de tubos de alumínio. E acreditem que todas as bicicletas têm uma alma e a descer isso nota-se!

O controlo tem que ser outro, o sangue frio tem que ser outro, a escolha da trajetória tem que ser outra, o nosso corpo tem que trabalhar em perfeita sintonia com a montada, mas, quando tudo corre bem, é das melhores sensações do mundo!
E apesar de ter furado (as arestas afiadas do calcário não perdoam), os meus companheiros foram testemunhas da minha cara de extasiado no final da descida.
A bem da verdade, estávamos todos com um sorriso rasgado de orelha a orelha, testemunha evidente do prazer que todos retirámos daquela alucinante, pedregosa, técnica e exigente descida.
É tão bom isto do BTT!

Carlos e Rui a terminar uma dura rampa...

O percurso tem de tudo um pouco, mas foram as subidas que deixaram mais memórias. Algumas muitos boas e escalonadas. Outras, verdadeiras rampas, bastante exigentes mas curtas e subidas longas com piso macio para terminar. No total, cerca de 1000 metros de acumulado positivo.

O vosso cronista e a sua SSMachine! Foto by Rui Santos

Nem todas as paredes foram trepadas em cima dos pedais. Houve algumas que devido à sua dureza, inclinação ou tecnicidade me obrigaram a desmontar.
Mas foi só falta de pernas porque o companheiro Castanheira não se fez rogado e trepou algumas delas como se não houvesse amanhã!

Basicamente, todos gostámos muito do passeio!
É durito, mas largamente recompensador e vale, sem qualquer dúvida ou hesitação, uma visita.

Os trilhos, como já disse, estão bem cuidados, bem marcados e bem escolhidos! As infraestruturas criadas também estão ao mais alto nível e recomendam-se...






Terminámos o passeio com um petisco na cuidada povoação de Pia de Urso. O menu do ciclista, ou Bikers Menu, composto por uma bebida fresquinha e uma bifana fizeram as honras da casa e reconfortaram a pança que já se sentia vazia!

A  desfrutar de um "Bikers Menu" em Pia de Urso...
Gostámos tanto que já estamos a ponderar nova incursão pelos trilhos da zona. Num nível mais alto e com maior quilometragem para ficarmos ainda mais satisfeitos (!) ehehehehehehehe

Apenas uma nota, que é referente à navegação por GPS. Esta apenas é necessária para retirar alguma dúvida que possa acontecer por desaparecimento de alguma placa ou porque a mesma se encontre escondida pela vegetação. De outra forma, não é de todo imprescindível.

Aqui fica o link para o track GPS do passeio que realizámos:
http://www.cm-batalha.pt/turismo-e-lazer/centro-de-btt/rede-de-percursos-trails/percurso-3-trail-3
Caso o link acima não funcione, o track pode ser descarregado a partir da minha página de "Tracks GPS"
A galeria de fotos pode ser consultada aqui:
https://picasaweb.google.com/102105685869649773359/PiaDeUrsoN3
Mais informação sobre o Centro de BTT de Pia de Urso pode ser vista aqui:
http://www.cm-batalha.pt/turismo-e-lazer/centro-de-btt

Abraços e continuação de boas pedaladas!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Agora sim, o rescaldo "DBR"

A etapa na Serra da Abobereira seria a mais curta das três, sem contar com a etapa do Prólogo. A minha participação no nível EPIC estava adiada. Seria no RIDE que iría conhecer a Douro Bike Race, uma corrida de BTT por etapas, ao nível das melhores provas internacionais.
Convenci também o meu pai, além da Marta claro, a alinhar na aventura e daí a escolha ter recaído na versão de um só dia. Cinquenta quilómetros de trilhos que eu sabia duros, com um acumulado total de subidas já considerável.

A minha cara metade enfrentava assim o desafio da sua ainda curta "carreira betetística" e o meu pai faria a sua estreia em eventos organizados.

A minha mãe acompanhou-nos até Amarante.
Maravilha! Família reunida para aquilo que se adivinhava já ser um excelente dia de btt. Mas calma, não pensem maluqueiras. A minha mãe foi de passeio turístico e acenar aos "maiores corredores da prova" - como ela própria dizia - enquanto nos filmava no arranque desta aventura.

A nossa ida até Amarante estava, há muito, preparada por mim.
Refiro-me à parte logística, porque o resto, e sem sombra de dúvidas o mais importante, tinha ficado curto. Já o sabia e nada podia agora fazer! Mas ainda assim, foi confiante no sucesso da empresa que passei debaixo do arco de meta, no arranque da etapa.

Os treinos da Marta não foram os necessários para a conclusão daquilo que seria o seu maior desafio nestas coisas de maratonas de bicicleta de montanha.

O meu pai, melhor preparado fisicamente, viria a pagar a factura da inexperiência e após muitas horas a pedalar sozinho, sucumbiu ao esforço e às câimbras. A falta de cabeça para gerir o seu andamento, o descurar de uma hidratação e alimentação conveniente, ditaram o fim da sua hercúlea tentativa de levar de vencida a Serra da Abobereira.

Mas vamos por partes. Ou melhor, pelo principio...

Adicionar legenda

Percebemos minutos antes do inicio da aventura que o tempo máximo que teríamos para completar a etapa seria de seis horas. Menos uma do que tínhamos ideia. Logo ali percebemos que teríamos bastantes dificuldades em terminar dentro do horário limite.

Ficámos logo nos primeiros dois ou três quilómetros a pedalar na companhia do homem que ostentava a placa "Mayday" na frente da bicicleta. Isso e uma corneta cor de rosa que eu acho que sei de quem era.
Pois foi na companhia do Frinxas que pedalámos a quase totalidade do caminho, apenas perdendo a sua presença aqui e ali.

Os trilhos foram absolutamente fantásticos - imagino o que foi a descida desde o topo da serra, porque todos que a fizeram dizem que foi alucinante.

O meu pai, que logo à saída de Amarante começou a ganhar-nos distância, acabou por perder um bocadinho de terreno e consegui vê-lo a determinada altura, mas ele achou que nós o haveríamos de apanhar e voltou a arrancar, novamente sozinho.


Adicionar legenda

O evento foi fotografado por uma equipa de fotógrafos, chamada Sportgraf e realizaram um trabalho realmente fantástico. Durante os quatros dias de prova tiram a cada atleta mais de cinquenta - sim, 50(!) - fotos, com equipamento de disparo automático (células) espalhado ao longo do percurso e uma equipa de fotógrafos colocados no terreno.
Menos de 24h depois tinham online esta galeria de fotos grátis, onde apareço eu e a Marta.
Como podem ver pelas duas fotos aqui disponibilizadas, o trabalho fala por si. Temos os três várias fotos fantásticas e com bastante qualidade.
Podem ver mais aqui: http://www.sportograf.com/en/shop/event/1721

Adicionar legenda

No primeiro abastecimento, o Frinxas mencionou a questão das horas, e eu também já tinha percebido que não iríamos ter tempo para chegar ao ponto de corte e passar. Ou seja, seria subir a esmagar pedal para corrermos o risco - certo, diga-se - de não deixarem continuar e termos que abandonar na mesma.
No entanto, o Frinxas falou connosco e disse em voz alta aquilo que eu já sabia. A Marta ficava assim a saber que tinha duas horas para subir mais de 15kms e vencer perto de 900m de desnível acumulado.

Na FeedZone fiquei também a saber que o meu pai ainda ia bem, mas que também não tinha comido nada. Seguia uns minutos à nossa frente.

Volto a repetir algo sobre os trilhos. Escolhidos a dedo e todos de elevada beleza!
Mas ainda não tínhamos começado a subir a sério, e já de novo na companhia do Frinxas, o motor da Marta dá o berro e acabamos por tomar a decisão de abandonar a etapa assim que chegássemos à estrada de alcatrão.
A Marta estava bastante cansada, mas nada de extraordinário. Talvez com a tal hora extra que achávamos que tínhamos, talvez nas tais sete horas, tivéssemos tido hipóteses.

Adicionar legenda

Adicionar legenda

A Marta ficou com pena, percebi.
Ainda me disse para eu seguir com o Frinxas e tentar passar ainda a horas e talvez ainda conseguir levar o meu pai a reboque, mas não fui capaz.
Se por um lado tinha muita vontade de esmagar os pedais por ali acima na companhia do Frinxas e ir terminar a etapa, por outro não conseguia deixar a Marta abandonar sozinha.
Eu também fiquei com pena. Não por não ter terminado a etapa, isso não me dizia nada. Seria, apenas, mais uma meia maratona, por mais dura que fosse.
Fiquei com pena porque queria esta vitória para a Marta. Queria cruzar a meta com ela. Queria vê-la completar este desafio. Sozinho nem sequer me iria parecer bem.

Daí que ficámos à espera que nos viessem buscar junto com um elemento do Staff, enquanto o Frinxas, o Mayday, arrancou sozinho em busca do último companheiro e desmobilizando o staff que ia encontrando pelo caminho.
Quem nos veio buscar foi o próprio Zé Silva, que tive um prazer imenso em conhecer. Acabámos por falar bastante e foi um dos meus "pontos altos" do fim de semana. Afinal não é todos os dias que podemos falar pessoalmente e descontraidamente com um dos nossos ídolos!
As bikes foram recolhidas e entregues no Bikepark.

Andámos a recolher mais pessoal que ia desistindo. Um quilómetro ou dois mais á frente do sitio onde nós abandonámos estava outro companheiro. Vitima de duas quedas e de ritmo muito quebrado, foi aconselhado pelo Mayday a abandonar naquele ponto.

O meu pai acabou por ser também apanhado pelo Frinxas, a uns poucos quilómetros da segunda "Feed Zone".
Quando se encontraram, o Frinxas disse-lhe que nós tinhamos abandonado e isso foi a machadada final no que restava de moral e vontade do meu pai.
Soube depois, já por ele, que começou a ter muitas câimbras quando teve que optar pelo pedestrianismo. O cansaço extremo, as muitas horas a pedalar sozinho, a falta de comida e bebida em doses convenientes e por fim a notícia de que estava a enfrentar tal aventura sozinho e que era o último, levou-o a desanimar e desistir da aventura.

Ligou-me na altura em que estávamos algures na Serra, já num dos cruzamentos da descida com a estrada asfaltada. Tínhamos ido buscar um companheiro que tinha dado uma queda e que precisava de tratamento. Nada de muito grave, mas as ligaduras no queixo e testa davam certezas que as pedras não tinham sido meigas com ele. No entanto, mantinha o espírito intacto e o humor em alta. Muito bom!
Soube uns dias depois pelo Forumbtt.net que o companheiro fez apenas uns arranhões, levou uns pontinhos e numa semana estava novo e pronto para outra!
O elemento do Staff que conduzia a carrinha onde iam as nossas bikes lá saca um atalho da manga e enquanto ele foi buscar o meu pai, ao outro lado da serra, nós seguimos direios a Amarante, para a Aldeia DBR e para a tenda da Cruz Vermelha, onde eles já nos esperavam.

Despedimo-nos do Zé Silva e dos restantes dois companheiros que nos acompanhavam e fomos ter com a minha mãe, que nos esperava a uns metros dali.
A Marta estava a começar a sentir o cansaço que não sentira logo. Entretanto chega o meu pai e fomos ter com ele. Aproveitámos para trazer as nossas bicicletas e aí sim, seguir para o Hotel Amaranto, onde ficámos alojados, direitos a um banho quentinho e roupas lavadas.

O meu pai e a Marta estavam bastante cansados, mas o estado do meu pai só me foi realmente percetível já durante a cerimónia final. Estava completamente "derreado".
O meu pai ficou assim, com 64 Primaveras, a conhecer o temível "Homem da Marreta". Apanhou o empeno da vida dele e de certo que irá ter mais respeito pelo esforço inerente a este exigente desporto.
Mas acima de tudo, mantenho a certeza que, se tivesse comido e bebido como lhe disse e se tivesse um bocadinho mais de paciência para moderar e gerir o esforço e ritmo, que ele tinha pernas para completar aquele desafio.
Não seria fácil, fácil, mas que daria, isso de certeza que sim. Também tive pena que ele não tivesse acabado, mas lá iremos todos em 2013 tirar as teimas.
Eu presumo que vou levar a marretada da minha vida, mas o EPIC é ao meu jeito e como eu gosto, pelo que será a minha aposta para a próxima edição.

Resta-me pouca coisa que dizer. Ou melhor, falta-me muito, mas só quero dizer umas últimas coisas.
É em relação à organização e a tudo o que me foi dado a ver e a viver.
Talvez o melhor Evento em que já tive oportunidade de participar, se não mesmo o melhor! Uma equipa de luxo -  e não me canso de dizer isto - com Pessoas de luxo.

Obrigado a todos e a cada um deles pelo seu trabalho dedicado e apaixonado. Pela simpatia, disponibilidade e hospitalidade com que nos receberam.

Uma palavra de agradecimento especial a esta alma de cabeleira branca.
Obrigado Frinxas, pela tua paciência e boa onda!
Foi realmente um prazer ter a tua companhia durante aqueles quilómetros e essa foi também uma das boas memórias que esta aventura me proporcionou.

Frinxas, o homem da placa "MAYDAY" a cruzar pela última vez, este ano, a linha de chegada da DBR! Não deixou ninguém para trás e ganhou de certeza o prémio do gajo com mais horas sentado em cima do selim! Sempre com um sorriso, sempre pronto para ajudar, com uma boa disposição contagiante!

Basicamente, e apesar de as coisas não terem corrido como esperávamos no terreno (ehehehehe), foi um enorme prazer poder fazer parte dessa grande festa que foi a "Douro Bike Race"! Para o ano lá estarei novamente, para rever esta malta e conhecer outra nova, que ainda é isso que o BTT tem de melhor. A partilha!
Gostei muito! Aliás, gostámos todos!

Se é duro? Muito! Bem o vi na cara da malta a chegar no final de sábado! Muito duro mesmo.
Se vale a pena? Sem sombra de dúvida! Um desafio de BTT ao mais alto nível, físico e mental.
Se é preciso treinar? É!
O que se ganha? Uma experiência inesquecível e sobre tudo um maior auto-conhecimento sobre nós mesmos!


Aqui deixo o link para a galeria das minhas fotos:
https://picasaweb.google.com/102105685869649773359/DBR2012

E o vídeo que fiz da nossa participação:


http://www.youtube.com/watch?v=3DHjTOCMBZU

Lá nos veremos em 2013!
We are Ready!

Abraços & Boas pedaladas.

domingo, 23 de setembro de 2012

Sintra Tranquila

Não podia deixar de vir aqui colocar esta "posta", ainda que bastante atrasada.
A meu convite, levei sete amigos a percorrer alguns dos trilhos do meu quintal. Chamei-lhe "Sintra Tranquila" mais pela falta de adrenalina que aqueles trilhos mais técnicos podem proporcionar, mas se contarmos com as subidas todas, a tal tranquilidade fica-se só mesmo pelo nome.

Não tirei fotos, apenas a que se mostra em baixo...
No entanto, foi um passeio mesmo tranquilo e bem disposto. Além dos meus amigos da outra margem, juntaram-se a nós a Ana e o Armadilhas, do grupo "Os Porquinhos da Ilda".
Uma manhã bem passada, em que ainda apanhámos alguma chuva, para dar as boas vindas a mais um Outono!



O track GPS do passeio pode ser conseguido no local do costume, aqui:
http://olimpaneves.blogspot.pt/p/tracks-gps.html

Abraços e continuação de boas pedaladas!

domingo, 16 de setembro de 2012

DBR 2012

Ainda agora acabou e já estou ansioso pela próxima!
Mas assim que puder venho contar toda a aventura. E que aventura.

Para já, só tenho a dizer que foi o melhor que já vivi no panorama do BTT nacional! Ou terei ido a uma prova internacional e não dei conta?! Muito muito bom. TOP mesmo!
Uma organização de luxo, com pessoas e atletas de luxo.
Não há palavras que possam fazer justiça aos agradecimentos que TODA a equipa DBR merece, mas uma nota extra para os mentores deste projecto! Um verdadeiro previlégio termos malta deste calibre por cá! João Marinho e o José Silva, vocês são um exemplo de vida, atitude e coragem!


Os empenos foram do tamanho da prova, monumentais e históricos!
Pela parte que me toca, a maneira que tenho de agradecer é...
I'M READY for 2013!

Abraçorros!

sábado, 15 de setembro de 2012

MISSA em Monsanto

A MISSA foi mais um encontro de amantes de bicicletas em versão Single Speed.
Decorreu em Monsanto numa fresca manhã de sábado, e contou com mais de uma dezena de dedicados amigos!
Apesar de não ter podido estar presente até final do passeio, garanto-vos que foi uma maravilha. Boa onda e companheirismo não faltaram a este pessoal.


O próximo não se sabe ainda quando acontecerá, nem se será aqui pelas redondezas, mas que haverá próximo, pois claro que haverá!

Fiquem atentos.
Abraços e continuação de boas pedaladas!

domingo, 9 de setembro de 2012

Uma voltinha p'ra Maria

O passeio começou à hora marcada, mas com algumas ausências, talvez devido ainda aos resquícios das férias. No Kinita encontraram-se 9 companheiros, já contando com o César, companheiro novo que nos acompanhou e que acabou por sofrer alguns percalços ao longo do passeio.

Arrancámos sob a batuta do companheiro Labouf e cedo percebemos que se assim continuássemos iríamos papar com muitos e muitos quilómetros em asfalto. Com duas bikes singlespeed no grupo e a aversão que a malta nutre por aquele tipo de piso, levou-nos a arrepiar caminho direitos ao singletrack do Mosteiro, arrastando connosco os mais ávidos por aquela pista preta que tão pouco prazer me transmite.

A volta foi maioritariamente por trilhos mais rolantes e fáceis que o costume, fruto da vontade do meu grande amigo e companheiro Pastor em agradar a Gregos e Troianos.
Mas mesmo assim, acabámos por ouvir as bocas e reclamações da praxe quando enveredámos por trilhos menos explorados e nos vimos no meio de capim e terreno lavrado.
Mas, meus amigos, tenham paciência e alguma contenção na atitude e nas palavras, ou então virem para o ciclismo de estrada de vez que deixam de sofrer deste mal que é, de vez em quando, andar à aventura.

Mais à frente e devido à muito escassa utilização, um belo trilho também se encontrava muito fechado pelas silvas, o que nos obrigou a recorrer ao meu pequeno canivete para conseguirmos passar sem grandes cortes e arranhões.
Nesse momento sentimos saudades do nosso companheiro Best e da sua tesoura de poda.

Antes ainda de lá chegar, a primeira queda do companheiro César. Um OTB cuja aterragem foi em cima do José Fernando! Ainda havia de dar mais duas (!). Uma numa descida de areia e outra, menos de 2kms à frente, já nos estradões das hortas na Costa da Caparica devido a uma brincadeira menos feliz.
Felizmente que o resultado foram apenas uns arranhões, mas seguiu caminho com os dois joelhos e os dois cotovelos com manchas de sangue e poeira.

A paragem para café foi num sitio onde já não parávamos fazia tempo e duvido que voltemos a parar tão cedo. Demasiado caro comparado com todas as opções que por ali existem.
Após a tradicional passagem pela ciclovia das praias, o grupo dividiu-se, tendo ficado apenas eu, o Pastor, o Castanheira e o Rui Santos para concluir o restante passeio enquanto os outros companheiros rumaram diretos a casa, por asfalto.

Já depois da divisão do grupo e na direção da Cova do Vapor...

Alguns trilhos na Cova do Vapor e vai de seguirmos em direção ao Trilho das Pontes e, contornando o Onda Parque, chegamos ao Trilho do Canavial.

Castanheira de SingleSpeed com o Pastor na sua roda a caminho do Canavial...

Uma semana de noites mal dormidas e o passeio de ontem com a Marta por Sintra, aliados ao ritmo demasiado vivo imposto pelo Castanholas fez-me começar a sentir caímbras, obrigando-me a comunicar o mesmo aos meus companheiros e pedir-lhes que moderassem um pouco o ritmo, pedido ao qual acederam sem cerimónias, permitindo-me chegar ao final sem recorrer ao pedestrianismo.

Rui Santos...

Daqui para a frente não tem mais estória, tendo trilhado os caminhos do costume até Santa Marta de Corroios, onde chegámos às 12h50, com 48kms percorridos e trepados cerca de 600m D+.
Com tanto trilho rolante e fácil, esta foi sem dúvida uma voltinha para repetir com a Marta num dia destes...

O link para as poucas fotos que tirei:
https://picasaweb.google.com/102105685869649773359/QuintalSMEmModoSSTake3
O track GPS pode ser descarregado no sitio do costume.

Abraços e boas pedaladas!

sábado, 8 de setembro de 2012

Um Love2Ride diferente

Mais um sábado, mais um dia de treino aqui para esta dupla de ciclistas de fim de semana.
O palco da aventura? Sintra, claro. Mais dos mesmos trilhos, pois não nos conseguimos cansar de tanta beleza.
Embora, e fruto do cansaço acumulado ao longo da semana laboral, o passeio tenha sido um pouco mais curto que o habitual, não deixou no entanto de ser super agradável e com a sua finalidade bem marcada. Aprumar a forma fisica e mental para o próximo fim de semana em que iremos percorrer os trilhos da Serra da Abobereira, nas imediações de Amarante, aquando da prova "Douro Bike Race 2012" em que iremos marcar presença na 4ª etapa.

Será um desafio interessante e duro para a nossa comitiva, mas espera-se um final feliz para a epopeia que iremos enfrentar.

Fox em acção no Trilho dos Gnomos...

Hoje e à semelhança de todas as passeatas, as fotografias foram acontecendo ao longo da manhã, mas foi no Trilho dos Gnomos que aconteceu a sessão fotográfica do passeio.
A SSMachine sofreu alguns melhoramentos ao nível dos componentes e nada melhor que umas fotos para exemplificar o bem que lhe ficam.

Foi o dia de testes à nova suspensão RockShock Reba RL e ao novo disco mecânico Avid BB7 com o rotor flutuante da Hope, o Mini Light, que, com 160mm de diâmetro provou ser verdadeiramente eficaz na travagem do conjunto. Com a frente muito mais dinâmica e equilibrada, a bicicleta está com um comportamente muito mais correcto na leitura do terreno e consequente pilotagem e segurança.

A minha SSMachine já a ostentar, orgulhosa, a nova frente...
Marta à espera que eu acabasse a sessão fotográfica à SSMachine...

Seguimos, com tem sido rotina nestas últimas semanas, na direção de Penedo, mas abolimos os quilómetros iniciais dentro da Quinta do Pisão. Trepámos forte as rampas da Tapada do Saldanha, assim como trepámos forte a subida que sai pertinho da Praia da Adraga até Almoçageme, para corrigir uma opção que ponderámos e que se revelou pouco acertada.

A entrar na povoação do Penedo...
Figuras "esculpidas" em sebe, num antigo lavadouro municipal...
A corrigir um pequeno devaneio, em Almoçageme...

Foi na povoação de Almoçageme que fizémos a paragem para retemperar forças. Na esplanada do café fomos bem atendidos, com simpatia e prontidão e pese embora as minhas opções gastronómicas não terem sido as mais bem sucedidas, foi um intervalo simpático e aprazível.
O casal de meia idade na mesa ao lado acabou por meter conversa connosco e a bem da verdade, a simpatia dos senhores transbordava e foi somente depois de nos despedirmos dos mesmos que nos lançamos novamente aos pedais para subir, por asfalto, até aos Capuchos.

A sairmos da povoação de Almoçageme, direitos ao Pé da Serra...

A manhã não teve o total de quilómetros das restantes, mas teve um desnível acumulado total de subidas muito respeitável, o que me leva a crer - e a acreditar -  que é possível que a minha amada cumpra o acumulado proposto para a última etapa da DBR com mais facilidade do que ela própria está a pensar.

No próximo domingo, no final da tarde, teremos essa dúvida dissipada.
Claro que, assim que oportuno, vos virei dar notícias da nossa aventura por terras de Amarante!
Irei também preparado para a captação de imagens em vídeo. Há bastante tempo que não faço um filminho do género, mas não posso deixar passar em branco esta aventura!

Fiquem atentos!
Abraços e continuação de boas pedaladas.

O link para a galeria de fotos que fui tirando ao longo do tranquilo passeio podem ser vistas aqui: https://picasaweb.google.com/102105685869649773359/Love2RideUmaSintraDiferente
O track GPS tem que ser corrigido e editado, pelo que estará online assim que oportuno.