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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

26ª Corrida "Fim da Europa"

Done! Finito! Capute!
One more experience completed... 

Assim que possível virei fazer o relato desta experiência e actualizar aqui o blog com a crónica da "cenaça"... Mas posso desde já adiantar que varreu todo o espectro dos sentimentos, desde o excelente, ao muito bom, passando pelo razoável, batendo no péssimo e voltando a todos eles mais do que uma vez!

Mas tudo a seu tempo...


Como já disse, assim que puder, virei actualizar esta posta com todo o "sumo" que ainda conseguir!
Os dados do meu Strava que desta vez funcionou sem stresses(!)


Vemo-nos por aí!
Abraçorros.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

17KM! Estamos lá...

Estamos lá!
Na 26ª Edição da mítica corrida "Fim da Europa".
Um desafio de 17Km que dizem valer cada gota de suor, cada bolha, cada câimbra!


A Sandra encontrou companhia para cumprir o desafio em modo Power walking e deixa-me assim, a modos que, descomprometido para me lançar na conclusão do meu desafio pessoal, numa distância que nunca percorri antes, com um desnível positivo a vencer que nunca venci antes!
Basicamente, o desafio - e objectivo - passa por correr cada metro do percurso...
Mesmo que devagar, não parar! E esse é o mote para nova prova de superação pessoal.

Promete! Ai, se promete...
Mas eu gosto! Ai, se gosto!

Por isso, no último dia do mês, o maior desafio até à data na minha curta viagem por este mundo das corridas, naquela que dizem ser uma das mais belas corridas de asfalto que se podem realizar...

Vemo-nos por lá.
Abraçorros

domingo, 24 de janeiro de 2016

Sexy! Monsanto!

Monsanto, mais uma vez!

E irá passar a ser muito mais frequente.
Estamos agora, literalmente, a cinco minutos do pulmão da cidade!

A minha actual morada dista uns ridículos 2.5kms do parque, pelo que o meu quintal irá passar a ser composto pelos muitos Singletracks, raízes e pedras que caracterizam os trilhos e caminhos que rasgam, e se perdem, no meio desta enorme mancha verde.
De Benfica ao Restelo, do Alto da Ajuda a Campolide... Tanto por explorar e descobrir.

E por entre essa mancha verde, nesses finos e serpenteantes carreiros e rápidas pistas, rampas intensas e descidas alucinantes, passeia-se a bicicleta de todo o terreno mais sexy de Lisboa e arredores!

Merlin de seu nome. Única, exclusiva, excêntrica, pornográfica. Um deleite para os sentidos!
Apelativa e enigmática ao olhar. Deliciosa de pilotar, viciante...
Com alma e carácter vincados e assumidos.

Vê agora nova peça de equipamento a adornar-lhe a face! Igual na excentricidade e valor...
Ganha agora nova vida com uma pilotagem ainda mais suave, controlada, eficaz.

A passeata que já começa a ser normal levou-me até aos lados do Restelo nos primeiros quilómetros para depois me fazer subir novamente ao miradouro dos Montes Claros e restantes trilhos na zona do parque Keil do Amaral...

Ainda antes, haveria de provar um café quentinho no McDonalds do Restelo que acompanhou a sandes de presunto que trazia no bolso do Jersey.
Foi o palco para a sessão de fotos de hoje, vaidosa, a mostrar a nova peça de engenharia carbónica e cujo nome me transporta de imediato para as montanhas nevadas dos Alpes Suíços. E, ai porra, que saudades eu tenho dessas paisagens brancas, rasgadas por cinzentas agulhas de pedra, penduradas das alturas! 

Os trilhos estavam, este domingo, mais húmidos, mais escorregadios, mais traiçoeiros que nas semanas anteriores. Também estavam muitíssimo mais perigosos. 
A manhã, essa, muito mais bonita que as que lhe haviam sucedido. Mas mais fria, também.

Depois de mais umas quantas voltas e nova paragem no já costumeiro sitio. Tão costumeiro que o "garçon" me reconheceu e me lançou a pergunta, ainda eu não tinha desmontado da bicicleta:

- "Uma Cola, senhor? Com gelo e limão?

Ao qual respondi que sim, de sorriso estampado, logo seguido de uns sinceros "bons dias" ao senhor do restaurante e ao companheiro que já lá estava sentado numa das mesas da esplanada e com quem já me tinha cruzado nos trilhos durante uma breve paragem que fiz para ajudar um companheiro em apuros mecânicos.

Tudo estava perfeito!
Apenas a questão pendente que me levava a apressar um pouco mais as pedaladas. Estávamos em dia de eleições Presidenciais e era obrigatória uma ida às urnas, votar.

Olho para o relógio. Noto uns ponteiros muito juntos, ali à volta das 12H, e rumo a casa. Corto a direito por trilhos que já conheço, ligando com outros por onde passo pela primeira vez. Alguns, lindos, rápidos e fluídos. Outros mais técnicos e exigentes. Todos excepcionais à sua maneira. Chego novamente à ciclovia, desta vez sujo de lama até às orelhas, parando apenas no alto do Parque Eduardo VII com o Marquês aos seus pés e uma vista avassaladora...
Assalta-me uma ideia nova, tão fresca e límpida como a manhã que estava:
Esta Lisboa, esta cidade, é agora o meu lar...
Estou em casa!









O track pode ser encontrado na pasta Tracks GPS, ou descarregado aqui.

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

domingo, 17 de janeiro de 2016

IIIº "BTT Adraga"

By Maníacos do Pedal

No passado domingo foi dia de rumar ao meu lugar preferido de todos os que conheço para ir passear com a minha bicicleta de montanha.
A somar a este privilegio iria ter a companhia de muita malta conhecida e de muitos amigos!

A manhã adivinhava-se espectacular. Não pelas condições meteorológicas, mas por tudo o resto.
Podia até ter chovido toda a manhã que iria ser brutal na mesma. Mas não choveu! E até nisso fomos bafejados pelas sortes. O que esteve foi uma manhã tranquila e frescota. Bem frescota, por sinal e que o diga o Miguel Melo que não parava de tremer e reclamar do frio enquanto esperava pelo arranque, ainda no LIDL, na Cavaleira.
O parque de estacionamento ficou à pinha com tantos carros. A malta ia chegando e eu ia revendo uns e conhecendo pessoalmente outros companheiros, como o Ricardo Castanhinha.
A manhã gelada e um dia muito tímido iam brindando o pessoal à chegada.



Todos, mais de uma centena de companheiros destas andanças, rumaram à Cavaleira, ainda não eram 08h da manhã para comparecerem à chamada dos Maníacos do Pedal para a 3ª edição do seu passeio (des)organizado "BTT Adraga"
Uma passeata que prometia, com cerca de 55kms por trilhos desta Serra de Sintra, com passagem na mítica praia da Adraga, em Almoçageme.
Arranquei junto com o Tuca, o Luis e o Chambel, mais a malta dos Estrelas do Feijó! O Carlos, o Tobi, o Melo, o João e mais uns quantos amigos! Um grupinho bem composto, portanto...
Com a ida ao café acabámos por começar o passeio já uns 15 minutos depois das 08h o que nos fez sermos quase os últimos a arrancar.
Mas rápidamente começamos a dobrar algum pessoal mais lento e outros já com furos e alguns problemas mecânicos, logo nos primeiros 2 ou 3 quilómetros.

Quando saio da Cavaleira por uma ou outra razão tem sido costume entrar na zona da serra pela Portela de Sintra, mas desta vez fomos por outro lado, rumando na diagonal direitos a Chão de Meninos e ao antigo Bairro da Colónia Penal do Linhó. Estes poucos quilómetros iniciais foram por isso para mim, uma novidade.
Mas foram os únicos. Estes e uns 200m já em plena serra quando percorremos um pequeno singletrack que não conhecia(!). Do restante da volta, já conhecia cada metro, o que me levou a ficar com alguma água na boca e pensar que podiam ter sido escolhidas outras opções ou ter em conta outros trilhos que iriam ser, com toda a certeza, do agrado de todos. Mas Sintra é Sintra. E mesmo optando pelos "tradicionais" e mais percorridos trilhos, mesmo jogando pelo seguro, a serra é sempre um lugar carismático e envolvente, que cativa cada um que por ela passeie.
Quem já conhecia não saiu defraudado, com boas ligações de trilhos, e quem não conhecia ficou encantado! Tanto em dureza, com subidas super boas, longas, empinadas e violentas, como boas descidas e excelentes singletracks que fizeram, com certeza, as delicias de todos.
Os trilhos estiveram sempre ao mais alto nível, com grandes condições!






Houve de tudo para todas as pernas e kits de unhas... Para ser sincero e pelo que vi, principalmente depois da subida desde a Adraga à Azóia, até foi demais para as pernas e unhas de alguns(!) ehehehehe

Houve alturas em que pedalei somente com a malta do Caparica, outras somente com os meus grandes amigos Tuca e Carlos e outras ainda com os "Estrelas" todos e até sozinho numa ou noutra altura. O ilustre Ricardo Castanhinha ia vendo volta e meia junto com os restantes "Cavaleiros", assim como ia revendo muito mais malta conhecida, todos com aquele espirito do melhor que se pode pedir. Salutar e bem disposto, de entreajuda e de diversão pura e simples. Como aliás se pretende num evento deste género!

Aqui e ali ouvia alguém perguntar pela Sandra, várias vezes durante toda a manhã. Muitos grupos de malta conhecida e amigos comuns. No fundo, tudo uma grande família!
Até o Rui Fragoso vi a descer na bolina em direcção à barragem do Rio da Mula enquanto eu subia aquela longa rampa, sozinho. Ainda chamei pelo nome do homem mas nem sei se ele me viu ou ouviu... Ia num grupo de 5 ou 6 companheiros, todos a descer no aço, monte abaixo liderados pelo Diogo do MafraBTT...
Ainda esperei ver o Carlos "Brutus" Paulo mas nem sinal da "laranja mecânica"!


Na praia da Adraga tiramos a foto da praxe e depois subimos todos juntos novamente, mas acabámos por nos separar da malta dos Estrelas do Feijó já depois de levarmos de vencida a povoação da Azóia onde ainda parei para reabastecer e fazer um curto compasso de espera pelos nossos amigos. Algum cansaço em alguns dos seus elementos, associados a furos e alguns problemas mecânicos ditaram um maior atraso dos meus amigos. Na estrada a subir para a Azóia voltei a ver o amigo Nuno Costa mais o pessoal dele. O homem que passou o sábado inteiro a ajudar-nos nas mudanças para a casa nova e que passou, literalmente, o dia todo a acartar móveis ehehehe Obrigado, meu amigo! Devo-te umas quantas fresquinhas ;)


Eu e o Tuca seguimos quase sempre juntos, com o Luis e o Chambel um pouco atrás de nós. Eu e o Mário parámos num café já depois de passarmos a Malveira para mais um sumo negro de cevada revigorante enquanto esperávamos que a restante malta amiga se chegasse a nós. Chegam os homens do "Caparica" mas íamos arrefecendo e do pessoal dos Estrelas nem sinal, pelo que resolvemos seguir novamente os 4 juntos, devagarinho e ir conquistando o que faltava de subidas.

O tempo mantinha-se perfeitamente estável, mas havíamos de chegar mesmo à queima de uma larga chuvada que caiu durante umas horas valentes e que começou pouco passava das 13h20, quando ainda nos faltava um par de quilómetros até final. O suficiente para me fazer vestir o impermeável já que ameaçava cair com pujança, mas tal não aconteceu até chegarmos ao destino.
Aí sim, e já meio abrigados debaixo da porta traseira da minha carrinha, eu e o Tuca, enquanto esperávamos pela restante malta vimos cair uma valente carga de água. Muita malta ainda havia nos trilhos e lembrávamos dos nossos amigos que ainda andavam a pedalar e arrepiávamos-nos por eles.
Esperámos ainda uns minutos debaixo do improvisado telheiro. Eu aproveitei e mudei de roupa enquanto o Tuca arrefecia já meio encharcado.

Mais uns minutos e aparece a malta do Caparica BTT, o Luis e o Chambel com o seu colete de penas(!)
Os abraçorros da praxe e as rápidas despedidas ainda sem o Carlos e restante malta dos Estrelas do Feijó terem chegado...
Rumei a casa feliz e de barriguinha cheia de BTT do bom e do melhor!

Aos meus amigos, companheiros e restante malta dos trilhos, obrigado pela manhã que proporcionaram! E também aos Maníacos do Pedal, o meu obrigado.

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Monsanto, a day without rain!

Monsanto saiu-me melhor que a encomenda!

Os trilhos, na maioria das zonas do parque, estavam perto da perfeição. Húmidos, mas não demasiado escorregadios, com um grip incrível sem estarem demasiado empapados, permitindo um rolar tranquilo e sem grandes preocupações com lamas. Até as raízes e pedras se mantinham em condições bastante aceitáveis de tracção, permitindo rolar relativamente descontraído na maioria dos caminhos e singletracks.

O tempo juntou-se à festa com excelentes condições para uma manhã ao mais alto nível. Algum vento, mas nada demais, fresco mas sem frio extremo e nem um pingo de chuva apesar de um céu cinzento ameaçar descarregar todos os metros cúbicos de água armazenados nas alturas a qualquer momento.

Tinha feito convite aos meus amigos da Santa Malta para me acompanharem nesta manhã de Inverno, mas com medo da chuva e da lama nenhum deles se atreveu a rumar à margem oposta do rio para comigo percorrer os quase 40kms de um percurso exigente mas também divertido e descontraído, com as dificuldades bem distribuídas e com passagem por quase todos os locais emblemáticos do Parque e até um bocadinho para lá dos seus limites.
Ficaram-se pela comodidade dos trilhos do seu quintal, mas ficaram a perder! E não apanharam de certeza melhores condições do que as que Monsanto apresentou neste Domingo.

Eu, após quase 10kms pelas ciclovias de uma Lisboa ainda mal acordada e de ramelas nos olhos, entrei nos trilhos do parque pouco passava das 09h, já depois de ter efectuado uma breve paragem no Califa para a segunda injecção de cafeína à qual juntei um Nata ainda quentinho.
Constato que os trilhos mais usados pela malta estão em mau estado e muito enlameados mas aqueles mais protegidos e menos percorridos estão absolutamente excepcionais. Os caminhos e singletracks vão surgindo e a diversão vai aumentando à medida que vou ficando mais em sintonia com o estado do terreno.

Em jeito de pequena nota de rodapé, voltei a calçar na frente da minha bicicleta o meu tão bem conhecido Schwalbe Nobby Nic (2.25). Pneu absolutamente à vontade para lidar com quase todo o tipo de piso e no qual confio em pleno. Durante muitos anos foram os meus pneumáticos de eleição e voltei hoje a relembrar-me do porquê. Com a pressão correcta curvam como poucos e nestas condições então, ui, parecem mel!
Entrou a substituir um Hutchinson Toro XC Tubeless que estava pela hora da morte e pese embora não seja na versão Tubeless, o Nobby Nic é claramente superior a lidar com piso de Inverno de uma forma geral. O pneu que ainda tenho montado na traseira é que perde um bocadinho neste terreno, mas ainda assim, aguenta-se relativamente bem se nos soubermos posicionar em cima da bike e ajudar o pneu a arranjar o necessário grip quando este lhe falta... Mas, honras lhe sejam feitas, o Maxxis Crossmark rola que se farta e é nesse campo que dá cartas!

As primeiras subidas duras da manhã vão aparecendo e vão sendo ultrapassadas com celeridade e potência de sobra. Sentia-me bem e motivado. O tempo fresco convidava a dar tudo por tudo nas subidas sem correr o risco de um ficar empapado em suor!
Com algum à vontade ia esmagando pedal pelas rampas acima, negociando raízes e pedras quase como se não estivessem lá.
Podia adivinhar os meus anteriores Personal Records (PR) do Strava a serem esmagados com os novos tempos! É sempre bom ter essa motivação extra para se meter força nas alavancas dos pedais quando ela tende a fugir para outras paragens...

Sempre sem surpresas nos trilhos mais técnicos acabei por sofrer uma escorregadela num singletrack simples e fluído, mas em Off camber  e já bem perto do Hospital S. Francisco Xavier, ainda antes de nova paragem para mais um café que fui fazer no McDonalds do Restelo.
Foi mais uma pseuda-queda. Uma escorregadela ao estilo "Moto GP" em que me fugiu a traseira - a frente manteve-se bem agarrada no chão - a meio de uma curva mais fechada num divertido singletrack. Absolutamente sem nenhuma consequência a não ser sujar a palma da mão e o lado esquerdo dos calções com lama. Uma escorregadela divertida de 180º (!)

Perto de Algés inverto novamente o sentido maioritariamente descendente dos trilhos para iniciar a subida até ao alto dos Montes Claros, passando pelo Restelo. Sigo, sempre por trilhos brutais em excelente estado, até ao Parque do Alvito passando pela zona do Anfiteatro Keil do Amaral, onde aproveito para rolar um pouco numa das zonas mais tranquilas, em termos de caminhos, de todo o percurso. A partir daqui volto a embrenhar-me e bem na imensidão dos singletracks do parque e percorro algumas da pérolas que a vegetação esconde e só acessíveis a quem conhece. Um novelo de caminhos leva-nos onde quisermos, mas é necessário ter alguma noção do sitio envolvente porque é fácil um se perder.

Após passarmos para o lado N da A5 desço durante uns quilómetros para me ir deliciar com a grande subida paralela à Auto-Estrada, uma das maiores - se não mesmo a maior - da zona! Um luxo de subida e que deu gosto vencer.
Mais que não seja porque sabia que após esta grande subida iria ter mais uns minutos de descanso no Restaurante Monte Verde e onde iria poder pedir uma Cola para empurrar a sandocha de queijo e presunto que levava na sacola.
A paragem, não durando mais de uns 15 minutos foi a suficiente para me retemperar forças e deixar a barriga aconchegada até final.
Serviu também para sacar umas fotos que carreguei para o Facebook e Instagram, junto com um brinde à malta amiga e que não foi com medo da chuva e lama...


A minha máquina orgulhosa, ostentando o valente Nobby Nic na frente...
E na foto parva abaixo, o vosso mais parvo ainda, cronista e amigo, enquanto brindava aos companheiros que se baldaram e que o deixaram a pedalar sozinho no meio do monte, coitadinho(!)


Após tudo arrumado novamente, e de pilhas novas carregadas no GPS e do telefone ligado ao Powerbank lá me fiz ao resto do caminho para apreciar o que restava deste percurso bombástico.
Nesta zona alta e mais acessível - e assim, mais batida - apanhei alguns trilhos com bastante lama, mas sempre perfeitamente transitáveis.
Mas assim que me voltei a meter pelo mato a dentro, os trilhos voltaram a ficar excepcionais, muito perto do ideal, com alto grip, providenciando grandes sensações.

Ainda antes de largar os trilhos do Monsanto, subi ao Moinho das 3 Cruzes, já do lado do Parque do Calhau, depois de ter passado novamente pela zona do Caminho da Água que oferece mais umas valentes rampas para trepar, algumas delas já a obrigarem as pernas a irem buscar as reservas ao raio que as parta!


Sigo na direcção de Campolide e apanho novamente a ciclovia de regresso a casa no Jardim da Amnistia Internacional, a qual sigo até ao Palácio da Justiça nas costas do Parque Eduardo VII.
Passo por baixo da Ponte Monsanto e rumo à ciclovia da Avª Duque de Ávila até esta cruzar com uma das principais ruas da Capital.

Uns minutos depois acontecia o insólito e quase me matava(!)
Não acreditam?!
Eu conto-vos como me ia matando, sozinho, a circular em asfalto, a mais de 30km/h...

Numa zona onde a rua descia ligeiramente, sem carros atrás nem carros à frente e com a linha de semáforos toda aberta, sigo a esmagar os pedais para aproveitar a onda "verde" e não parar nos vermelhos e perder o embalo.
Descontraidamente e a determinada altura, tiro as mãos do guiador, como já fiz milhares de vezes antes para esticar as costas e libertar alguma tensão dos ombros...
Numa fracção de segundo e devido a uma pequena lomba no asfalto, perco o controlo da bicicleta e esta foge-me para a direita na direcção do passeio e dos carros estacionados na berma da via.
A mais de 30Km/h entro por um espaço livre de carros - dois lugares vagos para ser mais preciso - e percebo de imediato que não vou ter tempo para parar sem me esmagar contra a traseira do próximo carro que estava estacionado.
E foi tal e qual o que aconteceu.
No exacto momento em que percebo a iminência do desastre assalta-me a frase: "Já foste!"
Agarro-me instintivamente aos travões com toda a força mesmo sabendo que não vou conseguir impedir o impacto.
Quando embato na traseira do carro estacionado ainda a minha roda traseira não tinha tocado no chão da tremenda égua que saquei. No milésimo anterior ao impacto tinham-se dissipado todas as dúvidas de que me iria magoar a sério.
Tudo termina com o estrondo normal de um acidente e com aquele som característico de um choque entre veículos.
Sou projectado contra o vidro traseiro no qual bati com a cara e capacete, enquanto o joelho esquerdo embate violentamente contra o parachoques e o meu peito contra a parte de cima da mala do Honda Civic. O impacto foi de uma violência brutal.

Aguento-me de pé, dormente, uns segundos antes de me sentar no chão, depois de sair de cima da traseira do carro.
Duas velhotas que circulavam no passeio, incrédulas, perguntam-se se estou em condições de continuar. Eu aceno afirmativamente após uns momentos de "check up" sensorial....
Estava inteiro e apenas me doía intensamente a mão esquerda e o joelho esquerdo.
Sentia uma ligeira impressão na cara e o maxilar estava meio dormente mas estava todo inteiro. Assim como os restantes ossos do corpo, miraculosamente.

Levanto-me do alcatrão e vou-me sentar na berma do passeio. Um senhor que estava do outro lado da estrada aproxima-se de mim.
Vem-me perguntar se queria que chamasse alguém. Uma ambulância ou mesmo o INEM. Dizia que morava do outro lado da rua e que me poderia guardar a bicicleta inclusive se eu quisesse.
Agradeço-lhe mas volto a afirmar que estava em condições de continuar.
No momento em que vou levantar a bike que continuava caída no chão sou assaltado pela dúvida que se calhar, mesmo eu estando em condições de continuar, a bicicleta poderia não estar. Mas estava.
Nem um empeno, nem uma arranhadela, nada! Assim como na traseira do antigo Civic.
Que puta de sorte!

Encosto a bike à parede do prédio e sento-me novamente nos degraus ao lado.
Tento recompor-me como posso do susto.
As dores não me deixam raciocinar e resolvo fazer-me ao caminho...
Passo os terrenos da antiga Feira Popular e apanho a ciclovia perto do Campo Grande até à Avª do Brasil. Subo tudo num ritmo tranquilo. As dores no joelho estavam a amainar na exacta proporção em que aumentavam as da mão esquerda.
Chego aos Olivais e desço pelo singletrack do Vale do Silêncio. Mais umas pedaladas e estou em casa.

Pelo caminho só pensava na sorte que tinha tido, ainda mal refeito do susto. Num abrir e fechar de olhos poderia ter-me magoado mesmo à séria. Numa fracção de segundo e de uma forma tão estúpida...
Enfim, é assim que as coisas más acontecem, numa fracção de segundo e num abrir e fechar de olhos, eu sei. Mas assusta quando as vivemos assim tão de perto...

A mão ficou só um bocadinho negra e o joelho, um bocadinho esfolado. A cara pouco ou nada apresentava sinais de testemunha, mas o orgulho... Ai senhores, o orgulho...

NOTA:
Para esclarecer, não houve lugar a danos no carro estacionado!
Nem na bike, nem no carro. Apenas aqui no vosso amigo, que dois dias depois ainda lhe doem as costelas!



O track GPS pode ser descarregado aqui: Tracks GPS 
Ou aqui: http://www.gpsies.com/map.do?fileId=eelskjtdpsvmpoec

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A Liv na Pedra Amarela - Flashback

Este post já deveria ter visto a luz do dia e a passeata teve lugar a 20/12/2015, mas só agora tive uns momentos para escrever estas linhas sobre o mesmo.

A Sandra, grávida de 15 semanas andava mortinha por voltar a dar uma passeata de bicicleta, por esses trilhos fora.
Tinha saudades de BTT a sério, dizia...
Queria testar a Liv no seu habitat de eleição, a sua nova bicicleta, a nova menina dos seus olhos!



E com toda a razão!
A bike, toda brilhante, pedia com ardor por uma corrida pelo meio do monte, perdida, longe da civilização e do mundo de cimento onde até então tinha rolado.
Gemia baixinho, encostada à parede lá de casa, como que pedindo que a levássemos a passear!
Gemia ela e gemia a Sandra. Ambas roídas de vontade de pisar na terra húmida e sentir o cheiro puro do ar da montanha a queimar nos pulmões...

E foi assim que me convenceram a levar ambas até ao meu cantinho predilecto. Lá fomos, os 5 - Eu e a Sandra, as duas bicicletas e o Abacate, bem aconchegado dentro da barriga da minha Princesa - direitos aos trilhos e a uma passeata numa manhã quase de Verão, amena e prazenteira, deliciosa!


Os trilhos a escolher teriam que ser tranquilos, por todas as razões lógicas. E foram. Tive esse cuidado, o de escolher sempre trilhos fáceis e rolantes, sem dificuldades de maior.
Mas fomos andando e a bela manhã convidava a seguir adiante. A vontade que tínhamos e o prazer que sentíamos também. E seguimos! E seguimos, e seguimos...
E subimos também...
Fomos visitar, para além da Peninha, o marco geodésico da Pedra Amarela, um dos pontos mais marcantes e míticos da minha serra amada.



Uma estreia para a Sandra que nunca tinha trepado aquela rampa de terra batida, deveras empinada no final mas que se deixou vencer sem alaridos, sem guerras, numa subida tranquila e compassada, ao ritmo calmo da manhã que se mantinha amena e convidativa.

E nós íamos cedendo ao prazer de pedalar, às saudades que tínhamos de o fazer nestes moldes e a Sandra ia descobrindo a sua nova bicicleta, com as suas novas sensações. A cada curva, a cada pedalada, a cada subida e a cada descida parecia mais encantada, mas o juízo chamava e mantinha-nos concentrados.

Havia sido bom. Bom, não, excelente!
Mas era preciso não abusar. E demos por terminada a passeata ainda longe de nos sentirmos sequer cansados ou com vontade de parar... Mas assim fizemos.
A Sandra, grávida de 15 semanas, reluzente de alegria e entusiasmo senta-se no carro e não cabe em si de feliz!
E este sentimento é mel para os meus sentidos.
É ouro ver quem se ama, feliz, seja porque razão for!

A crónica desta passeata feita pela Sandra pode ser lida a partir deste link:
A ESTREIA DA LIV NOS TRILHOS E A ÚLTIMA VOLTA DO ANO

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

A ficha técnica da passeata...

domingo, 3 de janeiro de 2016

À procura do Paizinho!

"À procura do Paizinho!" - A primeira do ano!

Auuuuuuuúúúú!
Era o que me apetecia dizer enquanto levava com a chuva na tromba!
Choveu forte, choveu fraco, mas choveu quase durante toda a manhã.
Começou por volta das 09h30 e só parou de quando em vez.
Os trilhos estavam óptimos, no ponto da tracção e mantendo-se compactos para permitir pedalar soltinhos e sem lama.

Sem lama, verdade, mas com areia com fartura, já que deu a travadinha na mioleira do Pastor e rumámos à mata da Apostiça para nos enfiarmos no meio daquele mar de areia.

Enquanto maldizia das escolhas do nosso guia, ouvia a minha transmissão nova, novinha, a mastigar aquela areia toda, tal lixa na engrenagem enquanto imaginava novo assalto à carteira!

Depois do abastecimento no café "Saltarico", resolveu mesmo não voltar a dar tréguas e foi de baixo daquela chuva miudinha, tola, que regressámos a Santa Marta.





Ainda tivemos tempo para assistirmos a já considerada épica declaração do ano!
O nosso Capitão a perguntar à mulher do companheiro Florival se... "O Paizinho está?!?!"
Ao que ela lhe responde... "Paizinho, não! Marido."

Escusado será dizer que foi a desgraça da risota!
Começa bem o ano! ehehehehe

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

A ficha técnica da passeata:

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Run, Fred. Run!

And I just kept running!

A bem da verdade, o ano começou e ainda não corri um quilómetro que seja.
Mas corri a dia 30/12 os últimos 13kms do ano. O último treino longo do ano! E que bem que soube.

A coisa vai, as dores derivadas das lesões deixaram de me fazer companhia e o prazer de correr continua.

No final deste mês iremos ter o Grande Prémio do Fim da Europa e sempre serão 17kms.

Não sei se irei ter a companhia da Sandra ou não. Esta só irá se o tempo estiver de feição e não chover. Nesse cenário, a nossa corrida irá ser algo parecido com uma marcha mais rápida do que o normal devido à gravidez da minha cara-metade.

Caso o tempo esteja manhoso e a Sandra não participe, a corrida será isso mesmo, uma corrida. Do principio ao fim. Sobe, sobe, sobe durante cerca de 11kms e depois desce os restantes na direcção do Cabo mais Ocidental da Europa.

Seja em que necessário for, lá estarei para mais um evento na minha Serra!