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domingo, 24 de janeiro de 2016

Sexy! Monsanto!

Monsanto, mais uma vez!

E irá passar a ser muito mais frequente.
Estamos agora, literalmente, a cinco minutos do pulmão da cidade!

A minha actual morada dista uns ridículos 2.5kms do parque, pelo que o meu quintal irá passar a ser composto pelos muitos Singletracks, raízes e pedras que caracterizam os trilhos e caminhos que rasgam, e se perdem, no meio desta enorme mancha verde.
De Benfica ao Restelo, do Alto da Ajuda a Campolide... Tanto por explorar e descobrir.

E por entre essa mancha verde, nesses finos e serpenteantes carreiros e rápidas pistas, rampas intensas e descidas alucinantes, passeia-se a bicicleta de todo o terreno mais sexy de Lisboa e arredores!

Merlin de seu nome. Única, exclusiva, excêntrica, pornográfica. Um deleite para os sentidos!
Apelativa e enigmática ao olhar. Deliciosa de pilotar, viciante...
Com alma e carácter vincados e assumidos.

Vê agora nova peça de equipamento a adornar-lhe a face! Igual na excentricidade e valor...
Ganha agora nova vida com uma pilotagem ainda mais suave, controlada, eficaz.

A passeata que já começa a ser normal levou-me até aos lados do Restelo nos primeiros quilómetros para depois me fazer subir novamente ao miradouro dos Montes Claros e restantes trilhos na zona do parque Keil do Amaral...

Ainda antes, haveria de provar um café quentinho no McDonalds do Restelo que acompanhou a sandes de presunto que trazia no bolso do Jersey.
Foi o palco para a sessão de fotos de hoje, vaidosa, a mostrar a nova peça de engenharia carbónica e cujo nome me transporta de imediato para as montanhas nevadas dos Alpes Suíços. E, ai porra, que saudades eu tenho dessas paisagens brancas, rasgadas por cinzentas agulhas de pedra, penduradas das alturas! 

Os trilhos estavam, este domingo, mais húmidos, mais escorregadios, mais traiçoeiros que nas semanas anteriores. Também estavam muitíssimo mais perigosos. 
A manhã, essa, muito mais bonita que as que lhe haviam sucedido. Mas mais fria, também.

Depois de mais umas quantas voltas e nova paragem no já costumeiro sitio. Tão costumeiro que o "garçon" me reconheceu e me lançou a pergunta, ainda eu não tinha desmontado da bicicleta:

- "Uma Cola, senhor? Com gelo e limão?

Ao qual respondi que sim, de sorriso estampado, logo seguido de uns sinceros "bons dias" ao senhor do restaurante e ao companheiro que já lá estava sentado numa das mesas da esplanada e com quem já me tinha cruzado nos trilhos durante uma breve paragem que fiz para ajudar um companheiro em apuros mecânicos.

Tudo estava perfeito!
Apenas a questão pendente que me levava a apressar um pouco mais as pedaladas. Estávamos em dia de eleições Presidenciais e era obrigatória uma ida às urnas, votar.

Olho para o relógio. Noto uns ponteiros muito juntos, ali à volta das 12H, e rumo a casa. Corto a direito por trilhos que já conheço, ligando com outros por onde passo pela primeira vez. Alguns, lindos, rápidos e fluídos. Outros mais técnicos e exigentes. Todos excepcionais à sua maneira. Chego novamente à ciclovia, desta vez sujo de lama até às orelhas, parando apenas no alto do Parque Eduardo VII com o Marquês aos seus pés e uma vista avassaladora...
Assalta-me uma ideia nova, tão fresca e límpida como a manhã que estava:
Esta Lisboa, esta cidade, é agora o meu lar...
Estou em casa!









O track pode ser encontrado na pasta Tracks GPS, ou descarregado aqui.

Vemo-nos por aí.
Abraçorros!

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